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A úlcera de pressão pode ser definida como uma lesão de pele causada pela interrupção sangüínea em uma determinada área, que se desenvolve devido a uma pressão aumentada por um período prolongado. Também é conhecida como úlcera de decúbito, escara ou escara de decúbito. O termo escara deve ser utilizado quando se tem uma parte necrótica ou crosta preta na lesão, ela tem sido descrita como uma das complicações mais debilitantes e mais caras do século XX.
O seu desenvolvimento ocorre quando se tem uma compressão do tecido mole entre uma proeminência óssea e uma superfície dura por um período prolongado. O local mais freqüente para o seu desenvolvimento é na região sacra, calcâneo, nádegas, trocânteres, cotovelos e tronco.
Ela pode ser proveniente se fatores extrínsecos (pressão, fricção) quanto intrínsecos (estado nutricional, idade, sexo, limitação na atividade, necessidade de assistência para atividades rotineiras, anemia e infecção). O estado nutricional é um dos fatores intrínsecos que pode ser prontamente influenciado, estudos têm relatado uma associação positiva entre desnutrição e desenvolvimento da ulcera de pressão, contudo não existem evidências para uma relação direta entre esses fatores.
Estudos individuais têm demonstrado que uma ingestão adequada de nutrientes pode auxiliar na proteção contra o desenvolvimento da UP e que a suplementação oral (250–500 Kcal por 2 a 26 semanas) foi associada com uma redução significativa (25%) na incidência de UP em pacientes de risco. Uma vez que são necessários mais estudos para confirmar tal relação em pacientes atendidos em hospitais ou em domicílio, pesquisadores alemães realizaram um estudo com 2393 pacientes onde a UP foi verificada usando a escala de Braden e a desnutrição avaliada pelo índice de massa corporal - IMC (<18,5 Kg/m2), perda de peso indesejável e ingestão insuficiente de nutrientes.
Estes dados reforçam a importância do cuidado nutricional adequado em pacientes propensos ao desenvolvimento de UP e, uma vez que a desnutrição é um fator de risco prontamente modificável, a identificação e o manejo prévios são de extrema importância para melhorar o prognóstico destes pacientes.
